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Conversando com as crianças sobre segurança na Internet

Postado em: 9 de junho de 2023

Na era da geração nativa digital, é comum enfatizarmos como as crianças crescem imersas na internet, sabendo gravar vídeos, compartilhar conteúdo e baixar arquivos. No entanto, ainda falta o desenvolvimento da consciência sobre o uso responsável dessa poderosa ferramenta.

Nos dias atuais, é inevitável que nossos filhos sejam expostos a diversas telas e à vastidão da internet. Embora ela ofereça inúmeros benefícios, como recursos educacionais e jogos divertidos, também representa riscos à segurança dos pequenos, a menos que tomemos as devidas precauções durante seu acesso.

Com um canal de diálogo sempre aberto e uma relação de cumplicidade construída dia após dia, o cenário em que as crianças interagem com a internet pode se tornar positivo e seguro.

Para auxiliar nessa delicada e crucial tarefa, abordaremos aqui os maiores perigos da internet e como contorná-los. Nesse artigo, você encontrará informações valiosas para garantir a proteção e o bem-estar de seus filhos online. Continue a leitura:

Como conversar sobre segurança na internet

A cibersegurança deve ser tratada com a mesma seriedade dos perigos do mundo offline. Assim, pais e responsáveis devem ter diálogos francos sobre esse assunto e ainda vivenciar a internet junto aos seus filhos, participando das descobertas deles. Ou seja, reserve um tempo para acessar as redes sociais ao lado do seu filho.

Na conversa, a saída mais simples é conectar o mundo real ao mundo virtual, por exemplo: se não devemos conversar com estranhos na rua, também não devemos fazer isso na internet. Da mesma forma, não devemos aceitar convites para sites ou grupos de conversa que não conhecemos, por exemplo. 

Explique ainda que enviar fotos e vídeos ou dar informações pessoais, como endereço ou nome da escola, não é normal. São conteúdos que apenas nossa família e amigos mais próximos devem ter, e não há nenhum motivo para fornecer a outras pessoas. Explique de forma que a criança fique desconfiada com qualquer conduta nesse sentido.

A melhor maneira de garantir a segurança das crianças na internet é por meio da educação. Família e escola devem trabalhar juntos, inclusive combatendo preventivamente o cyberbullying. O diálogo aberto contribui muito para o uso mais responsável da internet.

Algumas dicas de segurança online:

Além do básico “não converse com estranhos” e da orientação sobre comportamento online, existem ainda alguns recursos simples que ajudam a manter as crianças seguras, mesmo quando usam a internet sozinhas. Confira nossas dicas:

Controle e gestão da privacidade:

O controle é uma das dicas mais importantes para a segurança das crianças na internet. Utilize ferramentas e dispositivos que permitam bloquear determinados sites e aplicativos. Além disso, cadastre o e-mail de um adulto no dispositivo e, se possível, utilize programas de acesso remoto ao smartphone ou tablet para receber alertas sempre que a criança tentar acessar conteúdos não permitidos.

Defina tempo limite de tela

Estabeleça o tempo permitido para usar tablet, smartphone e computador, e deixe claro quais devem ser as prioridades da criança. Ou seja, usar a internet somente após cumprir com as obrigações. Para a Academia Americana de Pediatria, crianças entre 2 e 5 anos devem ter no máximo uma hora por dia nas telas.

Supervisione

Mantenha seus filhos à vista enquanto navegam na web. Embora sejam curiosas, as crianças tendem a acessar menos conteúdo impróprio quando estão sob supervisão. Caso se depare com algo inapropriado, converse com eles de forma que entendam porque é errado e não faça com que sintam-se envergonhados.

Confira o histórico de navegação

Verifique os conteúdos acessados por meio do histórico, fazendo um monitoramento diário. O acesso irrestrito à internet pode expor as crianças a material inadequado para a idade, incluindo imagens fortes ou traumáticas.

Estabeleça limites de acesso

Controle o acesso de seu filho a sites, aplicativos e plataformas que possam oferecer conteúdos sensíveis para a idade – é possível bloquear canais no youtube, por exemplo. Plataformas de streaming geralmente possuem essa opção desde a criação do perfil. A maioria dos navegadores usados em notebooks, tablets e smartphones também permite bloquear sites.

Tenha acessos aos perfis dele(s)

O ideal é que crianças não tenham perfis nas redes sociais, mas sabemos que nem sempre os pais conseguem contornar essa questão. Caso o seu filho tenha perfis online, deve ser supervisionado de perto. O ideal é que o email do pai ou da mãe seja usado para receber as notificações. Lembre-se de orientá-lo sobre não aceitar convites ou amizades de desconhecidos.

Não podemos negar que a tecnologia se tornou uma parte integrante da vida das crianças. Mais do que nunca, elas estão constantemente conectadas, passando horas navegando pela internet em casa ou na escola, enquanto a interatividade digital continua a crescer.

Por isso, é fundamental que estejamos vigilantes e tomemos medidas preventivas para proteger nossos filhos. É essencial educá-los sobre os riscos online, ensinando-os a reconhecer situações perigosas e a adotar comportamentos seguros na internet. Além disso, é importante estabelecer limites e regras claras sobre o uso da tecnologia, promovendo uma relação saudável e equilibrada com o mundo virtual.

É fundamental que pais, educadores e toda a sociedade estejam engajados nesse desafio de proporcionar uma experiência online segura e saudável para as crianças. Com atenção, orientação e diálogo contínuo, podemos ajudar nossos pequenos a navegar pelo mundo digital de maneira consciente, confiante e protegida. 

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