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Paternidade tóxica. Quando suas atitudes prejudicam seu (a) filho (a)?
Criar e educar os filhos é um processo longo e trabalhoso: pais e mães possuem inúmeras responsabilidades e preocupações. Além disso, eles são seres humanos, que cometem erros mesmo quando tentam dar o melhor de si mesmos.
Entretanto, há erros que são mais graves e atitudes que sinalizam problemas emocionais sérios. É o caso da paternidade tóxica, que afeta negativamente o desenvolvimento emocional de crianças e adolescentes, e pode ocorrer até mesmo na idade adulta! Quer saber mais sobre o assunto? Leia nosso artigo!
O que caracteriza pais e mães tóxicos?
A paternidade tóxica muitas vezes ocorre de forma inconsciente, ou seja, sem que o pai ou a mãe percebam que seus comportamentos e atitudes são prejudiciais aos filhos. Em geral, são pessoas narcisistas e superprotetoras, que usam o amor pelos filhos como desculpa para invadir a privacidade e tomar decisões por eles, por exemplo.
Assim, a paternidade tóxica é aquela que utiliza controle e chantagem emocional para diminuir a autonomia e a autoconfiança dos filhos. Os pais acham que estão certos, pois a intenção é cuidar e proteger, mas na verdade estão constantemente colocando os filhos para baixo.
Veja agora alguns exemplos de comportamentos, que ajudam a entender se você é ou conhece algum caso de paternidade tóxica:
- Desconsideração pela privacidade ou intimidade dos filhos
- Críticas constantes à aparência e personalidade
- Exposição da vida pessoal
- Cobranças exageradas e desvalorização do esforço
- Busca excessiva por controle da vida escolar e das amizades
- Sensação de ofensa quando os filhos não agem conforme sua vontade
- Culpabilizar os filhos por suas próprias frustrações
- Chantagem emocional para conseguir atenção, obediência ou reconhecimento
Como pais e mães tóxicos podem buscar soluções
Em primeiro lugar, é preciso investir em um relacionamento saudável, baseado em diálogo e respeito. Assuma seus erros e converse com seu filho sobre maneiras de participar da vida dele sem ultrapassar limites. Você pode ainda buscar orientação parental, contando assim com a ajuda de um profissional para resolver os conflitos familiares.
Outra questão importante é a investigação dos motivos para esse comportamento. Procurar um psicólogo ou um psiquiatra ajuda a entender suas razões para agir de determinada maneira, e por isso faz com que suas ações passem a ser mais conscientes. Em muitos casos, o comportamento abusivo de adultos remete à uma criação autoritária e pouco afetuosa. Em outros casos, a raiz do problema pode ser mais recente, como a ansiedade.
Como os filhos devem agir?
Assim como em casos dos pais e mães tóxicos, os filhos envolvidos também se beneficiam da ajuda psicológica profissional. É preciso recuperar a autoestima, a autonomia e a autoconfiança, pelo bem da saúde mental.
Entre pais e filhos, o ideal é sempre haver espaço para um diálogo honesto, em que ambas as partes têm voz e se esforçam para compreender o ponto de vista do outro. No caso da paternidade tóxica, os filhos precisam estabelecer limites, deixando claro o quanto os pais podem se envolver na sua vida pessoal.
É importante ainda ter uma rede de confiança, com amigos, tios, primos ou professores com quem pode-se contar. A solidão não é benéfica para a saúde mental e não ajuda a resolver problemas. Por fim, os filhos jamais devem se sentir culpados pelo comportamento dos pais ou pelo afastamento deles ao exigir espaço.
Independente dos motivos, aqueles que identificam em si mesmos as características da paternidade tóxica devem procurar ajuda psicológica e repensar a maneira de se comunicar com os filhos.
Você já tinha ouvido falar em paternidade tóxica? Compartilhe esse artigo no seu grupo de pais para que mais pessoas fiquem atentas a esse problema!