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Por que é importante compreender padrões de consumo?
Principalmente a partir dos estímulos de consumo gerados pelas mídias sociais, é crescente a preocupação das famílias em relação aos padrões de consumo desenvolvidos na infância. Nesse contexto, o consumo consciente é um conceito que ganha cada vez mais destaque, sendo considerado um movimento social que busca estimular as pessoas a refletirem sobre como seus hábitos de consumo impactam o mundo ao seu redor.
Ao compreendermos melhor os elementos que envolvem o comportamento de consumo na infância e a importância de cultivar hábitos conscientes desde cedo, estaremos contribuindo para a formação de futuras gerações mais responsáveis e críticas em suas escolhas de consumo.
Neste artigo, exploraremos os conceitos do comportamento de consumo, analisando os fatores que podem influenciar os hábitos tanto das crianças quanto dos adultos. Além disso, destacamos o papel fundamental dos pais no desafio de educar seus filhos para serem indivíduos mais conscientes em relação ao consumo. Leia já:
Comportamento de consumo é aprendido na infância
Durante a infância, somos influenciados pelos padrões e comportamentos de nossos familiares e pessoas ao nosso redor, inclusive no que diz respeito à forma de consumo. É essencial discutir e refletir sobre esse tema, especialmente para cultivar conceitos saudáveis de consumo na nova geração.
As atitudes das crianças em relação ao dinheiro e à aquisição de bens as acompanharão ao longo da vida, regulando os riscos de se tornarem adultos financeiramente irresponsáveis. O exemplo e a orientação familiar têm um papel importante nesse contexto, ainda que existam outras questões que influenciam nos padrões de consumo.
Fatores que interferem no padrão de consumo na infância
Sabemos que as crianças “absorvem” informações e comportamentos o tempo todo, tanto de pessoas quanto das mídias. Isso vale para opiniões, visão de mundo e até hábitos de consumo. Vamos analisar brevemente os fatores mais relevantes no estabelecimento de padrões de consumo na infância:
Mídias e tecnologia
Ainda que exista uma regulamentação no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) sobre a publicidade voltada para crianças, ainda há muito a ser debatido sobre a influência da mídia no consumo de produtos infantis.
Hoje em dia, o Youtube e o Tiktok, assim como os canais televisivos tradicionais são repletos de influência de consumo. E não estamos falando apenas da publicidade explícita, como também de anúncios velados, exposição à marcas e interesse nas tendências das redes.
Tudo isso impacta diretamente os interesses das crianças e dos adolescentes, gerando interesses e desejos. É uma questão preocupante, que exige olhar crítico, principalmente no contexto atual.
Hábitos familiares e amizades
Antes de falar sobre consumo consciente na infância, devemos ter atenção ao comportamento dos adultos. Refletir sobre necessidades e desejos, investir, poupar e eliminar gastos desnecessários é interessante para toda a família. Não adianta preocupar-se com o futuro do pequeno consumidor e não repensar o seu próprio padrão de consumo.
Além disso, muitas vezes há amigos que obtêm tudo o que querem e sempre possuem os itens mais desejados do momento. É claro que isso desperta o consumo impulsivo em outras crianças.
Por isso, experimente falar sobre o valor do dinheiro, relacionar trabalho e remuneração e explicar o que é acessível e o que não é.
Acessibilidade excessiva aos desejos
Famílias com recursos financeiros amplos muitas vezes satisfazem todas as vontades das crianças, fazendo com que sejam o centro das atenções. Elas recebem muitos presentes e têm acesso a praticamente tudo o que pedem.
É um costume que contribui na distorção da realidade e ainda pode levar a grandes frustrações no futuro, pois a criança passa a acreditar que seus desejos serão atendidos o tempo todo. Além disso, gera padrões de consumo exagerados.
O ideal não é reprimir todas as tentações de consumo, mas sim dosar e dialogar.
Dicas para educação financeira de crianças e adolescentes
Conforme já foi dito, o diálogo é a principal ferramenta para ensinar sobre responsabilidade financeira. A reflexão deve ser direcionada ao uso consciente de recursos, a importância de economizar e até sobre o impacto do consumo excessivo na natureza.
Para concretizar melhor esses ensinamentos, pode-se adotar uma mesada ou pagamento por determinados serviços domésticos, por exemplo. Para a criança, o dinheiro a ser administrado será foco de análise sobre suas necessidades e sobre os valores de mercado.
Lembre-se de que as crianças são altamente influenciáveis pela mídia e pelos hábitos de seu círculo social, e devem sim ser orientadas pela família na tomada de decisão de compra.
A forma como aprendemos a consumir na infância é um legado, que pode ser positivo a partir de algumas lições de educação financeira e consumo consciente. Quais atitudes você acha que contribuem na formação de jovens adultos com comportamentos de consumo saudáveis? Comente aqui!
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