Educacional
Sobre parentalidade consciente

Postado em: 23 de dezembro de 2022

Você já experimentou reações exageradas a determinados comportamentos do seu filho? Por exemplo, quando ele não quer comer e o seu tempo para dar o almoço está acabando ou quando ele está continuamente irritando o irmão mais novo? São situações que te causam raiva e frustração, e por isso acabam fazendo com que você grite com ele e posteriormente sinta-se culpado.

Pois saiba que todas as suas reações emocionais são baseadas em experiências anteriores, desde a sua própria infância. Na parentalidade consciente, buscamos entender porque agimos da maneira como agimos, permitindo assim quebrar padrões de comportamento.

Trata-se de uma prática com várias vantagens para o cotidiano familiar, além de ser benéfica emocionalmente para todos os envolvidos. Saiba mais lendo esse artigo!

Como funciona a parentalidade consciente

Todas as pessoas possuem necessidades, que refletem na maneira como se comportam. A parentalidade consciente trata de entender essas necessidades dentro do contexto familiar, ou seja, saber o que há por trás do comportamento paterno e materno. 

Para colocar esse conceito em prática, é preciso entender que ninguém é perfeito, todos cometemos erros, inclusive enquanto no papel de responsáveis por uma criança. A partir daí, toma-se conhecimento das próprias falhas, dificuldades, angústias e medos, para encontrar a melhor maneira de exercer a paternidade. 

Além disso, a parentalidade consciente implica em não projetar expectativas e sonhos nos filhos. Eles não são propriedade ou versões miniatura dos pais, e devem ter a individualidade respeitada. Nesse sentido, cabe aos pais escutá-los, educá-los e transmitir valores e disciplina, e não impor opiniões.

Por que praticar a parentalidade consciente?

O primeiro motivo para aderir à parentalidade consciente é a melhoria na comunicação familiar. Pais e mães com mais autoconhecimento conseguem processar melhor as emoções e assim comunicar-se com mais clareza. Eles também entendem a grande importância do diálogo no cotidiano familiar e na saúde psicológica da criança.

Outro benefício é a criação de pessoas com maior nível de autonomia. Crianças que não estão presas nas expectativas dos pais são mais determinadas na vida adulta, para buscar as próprias conquistas. 

A parentalidade consciente também permite vínculos familiares mais fortes, pois estimula o diálogo e a convivência familiar harmoniosa. Esses vínculos são muito importantes para o desenvolvimento emocional saudável dos pequenos.

Como colocar a parentalidade consciente em prática?

Compreender sua própria criação e os padrões de comportamento que você reproduz é o primeiro passo. Você deve fazer exatamente como seus pais fizeram na sua infância? O que deve ser diferente? Questionar a própria forma de agir é o que traz consciência para nossas ações, e também é o que permite ser cada dia mais respeitoso com seu filho. 

Por exemplo: ao castigar a criança, faço isso para aliviar minha própria frustração ou acredito que ele pode aprender algo com essa atitude? Tenho regras sem sentido apenas para seguir o que meus pais determinaram ou todas as normas tem explicação?

Colocar-se no lugar da criança também é muito importante, pois por trás de todos os comportamentos existem necessidades. A birra e o choro, por exemplo, devem ser avaliadas com cuidado. Tente entender a intenção da criança e a necessidade dela, antes de tomar uma atitude. 

Isso não quer dizer que não existem limites, e sim que todos os limites tem um motivo real. Educar e reagir aos comportamentos dos nossos filhos com consciência é sobre ouvir o que eles têm a dizer e dar limites de maneira respeitosa.

Boa parte do peso que podemos colocar sobre nossos filhos pode vir das nossas expectativas e de nossos próprios problemas não resolvidos da infância. Por isso, a parentalidade consciente enfatiza que a educação não é centrada nas crianças: é um processo que envolve crianças e adultos. O ideal é entender e aceitar a si próprio, para então dedicar-se ao outro.

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