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A importância da figura paterna para o desenvolvimento das crianças

Postado em: 19 de setembro de 2022

A presença ativa de uma figura paterna tem benefícios socioemocionais significativos para uma criança. Por isso, é muito importante construir um bom relacionamento desde a primeira infância, garantindo que o recém-chegado à família tenha todo o apoio necessário para crescer emocionalmente saudável.

Pensando nessa questão, elaboramos um artigo, que discute o papel do pai na família contemporânea e propõe maneiras de aproximar pais e filhos. Confira:

Figura materna X paterna

A figura paterna é complementar à figura materna, e vice-versa. Ambas são importantes no desenvolvimento infantil e não estão restritas aos pais biológicos da criança. A função paterna muitas vezes é desempenhada por um avô, tios ou até pela própria mãe, uma vez que não está restrita ao gênero.

Entretanto, podemos afirmar também que, geralmente a mãe já forma um vínculo com o bebê antes mesmo do nascimento e fortalece essa relação durante a fase de amamentação. Esse fator faz com que a relação entre a mãe e a criança seja de intensa proximidade desde cedo, pois reforça sentimentos como segurança e carinho. 

Para o pai, essa conexão não é imediata, mas pode e deve ser desenvolvida o quanto antes. Com o passar das semanas e dos meses, a figura paterna passa a ter a mesma importância que a figura materna para a criança. Enquanto a figura materna é associada ao cuidado, a figura paterna costuma estar relacionada à proteção. 

O que acontece quando o pai é ausente?

A ausência da figura paterna pode contribuir para que a criança sinta-se insegura, ou até para tornar-se agressiva. A falta dessa figura também torna a criança mais propensa à introspecção, sendo assim mais medrosa ou fechada. 

Essas características, desenvolvidas a partir da ausência paterna, podem gerar problemas de comportamento, desempenho abaixo da média na escola, entre outras dificuldades. Entretanto, isso não é uma regra, e quando acontece a situação pode ser restaurada.

Lembre-se de que a ausência do pai não significa necessariamente a ausência da figura paterna. Estamos falando de um vínculo afetivo, e não de uma relação biológica. 

A relevância da figura paterna 

A presença paterna gera segurança, auxilia no autoconhecimento e estimula a criança a explorar o mundo. É comum que a mãe ensine sobre empatia, aconselhe emocionalmente e esteja atenta aos relacionamentos interpessoais, enquanto o pai incentiva as experiências novas e a independência. 

Ainda na primeira infância, o pai já deve construir o vínculo afetivo com o filho, seja trocando fraldas, colocando para dormir, brincando ou dando banho. Gestos de cuidado contribuem para a formação de uma relação de confiança desde cedo, que pode durar por toda a vida. 

Já durante a pré-adolescência e adolescência, a figura paterna é uma grande referência para o jovem. Trata-se de uma fase de transição para a vida adulta, na qual os exemplos são muito importantes para formação de caráter e de personalidade.

Como melhorar o convívio entre pai e filhos

Muitos homens têm dificuldade de aproximação dos próprios filhos devido à falta de bons exemplos masculinos na infância. Outros tem dificuldade em criar vínculos afetivos ou até mesmo desinteresse durante a gestação. Tudo isso dificulta a formação de um vínculo duradouro.

Assim, para o pai, o primeiro passo é refletir sobre a sua própria criação e sobre o papel que pretende ter na vida do filho. Envolver-se desde a gestação é o ideal. Conversar com a parceira e até mesmo buscar ajuda psicológica pode também ser uma saída quando há dificuldade.

Realizar tarefas relacionadas ao cotidiano da criança, conversar com ela e brincar é o suficiente. Deve-se investir em contato presencial e até no contato físico, demonstrando afeto. Dar colo, abraçar e conectar-se emocionalmente com a criança é essencial para vencer barreiras emocionais e transmitir todo o seu amor.

A figura paterna é complementar à materna e tem um papel muito importante na estruturação emocional dos filhos, assim como na inserção deles na sociedade. Como você contribui no desenvolvimento do seu filho? Comente aqui!