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Falando de diversidade para crianças

Postado em: 14 de julho de 2022

Cor da pele e do cabelo, altura, deficiências e gênero são algumas características naturais, que podem ser observadas nos seres humanos. Para as crianças, essas características muitas vezes são motivo de curiosidade. Ao levar essa curiosidade aos pais, no formato de perguntas e reflexões, os pequenos têm a oportunidade de aprender sobre a pluralidade do mundo onde vivem.

Falar abertamente sobre diversidade molda a forma como a criança lida com pessoas diferentes e promove o respeito. O contato com pessoas diversas também é relevante para que a criança seja capaz de se colocar no lugar de outra pessoa e compreendê-la como igual.

No futuro, crianças que valorizam a diversidade tornam-se adultos mais gentis e preocupados com o bem-estar do próximo. Pensando nisso, escrevemos um artigo sobre como falar com crianças sobre diversidade. Saiba mais!

Como falar de diversidade?

Para conversar sobre diversidade com crianças, primeiramente, é necessário que você mesmo saiba o que essa palavra significa e dê valor a ela. Diversidade é uma característica de tudo o que é múltiplo, com variedade. Quando estamos falando sobre a sociedade, dizemos que ela é diversa porque conta com pessoas diferentes entre si. Existem formas diferentes de viver e de ser e nenhuma qualidade individual faz com que ninguém seja melhor do que ninguém.

A diversidade deve ser tratada com naturalidade pela família. É normal nomear as características de outras pessoas, desde que não sejam usados termos pejorativos ou julgamento de valor. Pais e responsáveis devem estar sempre dispostos a conversar e solucionar dúvidas. Escute, também, os julgamentos que a criança faz sobre as pessoas ao redor dela, sempre enfatizando a diversidade como algo positivo e importante na sociedade.

A diversidade é algo a ser apreciado, afinal, vivências diferentes geram maneiras diferentes de pensar e de ver o mundo. Ter uma percepção mais ampla e aprender com pessoas diferentes de nós mesmos abre espaço para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Repertório cultural e representatividade

A representatividade é uma ferramenta poderosa para falar de diversidade e mostrar como ela é positiva para o mundo. Já, criar um repertório cultural diverso permite quebrar estereótipos, percebendo todos os seres humanos como iguais em vários aspectos.

Assim, o ideal é ter acesso à entretenimento com pessoas diversas em cultura, cores de pele, gêneros, corpos, dentre outras características que podem ser únicas. Encontrar locais para brincadeira que favoreçam o convívio com pessoas diferentes da sua família e ter brinquedos, como bonecas e bonecos, de características diversas, também é importante.

Filmes e animações que retratam diferentes países e culturas são ótimos para ampliar a visão de mundo da criança. Há, ainda, filmes recentes da Disney que podem servir como pontapé para falar de diversidade, como Moana, Encanto e Raya e O Último Dragão.

Livros que abordam a diversidade e onde encontrá-los:

Biblioteca CSCM BH:

  • Tudo bem ser diferente (Todd Parr)
  • O Cabelo de Lelê (Valéria Belém)

Biblioteca CSCM Brasília:

Biblioteca CSCM Rio de Janeiro:

  • Tudo bem ser diferente (Todd Parr)
  • Menina não Entra (Telma Guimarães Castro Andrade)
  • O Cabelo de Lelê (Valéria Belém)
  • Extraordinários (R.J. Palacio)
  • Diferentes somos todos (Alina Perlman)
  • Crianças como você (Barnabas Kindersley) 

Biblioteca CSCM Ubá:

  • Tudo bem ser diferente (Todd Parr)
  • Menina não Entra (Telma Guimarães Castro Andrade)
  • O Cabelo de Lelê (Valéria Belém)
  • Diversidade (Tatiana Belinky)
  • Não tem dois iguais (Carmen Lucia Campos)
  • Quer conhecer as diferenças (João Rodrigues)

Biblioteca CSCM Vitória:

  • Tudo bem ser diferente (Todd Parr)
  • O Cabelo de Lelê (Valéria Belém)

O que diversidade tem a ver com bullying?

Abordar a diversidade em casa também é importante para prevenir e combater o bullying. Rir do colega por ter características diferentes é desrespeitoso e indica que a criança não se coloca no lugar do outro. Nesse tipo de situação, os pais do praticante de bullying devem tentar entender a raiz do problema e deixar claro que todas as pessoas merecem respeito.

Além disso, é importante que os adultos se livrem dos próprios preconceitos que carregam, para que não sejam repassados às crianças. Comentários depreciativos sobre outras pessoas, especialmente aqueles que enfatizam elementos físicos, devem ser fonte de reflexão e, então, eliminados do cotidiano da família.

Participe ativamente do desenvolvimento do seu filho conversando com ele sobre tudo! As crianças são seres sociais e, por isso, é importante dialogar com elas sobre todos os assuntos relevantes na nossa sociedade. Educar sem preconceitos e contribuir na criação de ambientes ricos em diversidade é dever dos pais. 

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